quarta-feira, 26 de novembro de 2008

ORIXAS DIQUE DO TOTORÓ

Em 1998 foi criado em Salvador na Bahia pelo artista plástico Tati Moreno um novo monumento dos orixás. Para fazer uma homenagem ao local, considerado um santuário, o artista criador do monumento fez várias esculturas de orixás. Oito delas estão dentro d’agua : Ogum ( deus do ferro e da guerra), Oxossi (deus das matas e da caça), Xangô (deus dos raios e trovões), Oxalá (o pai de todos os orixás), Iemanjá (deusa do mar e mãe dos orixás), Oxum (deusa dos rios, lagos e fontes), Nana (a mais velha dos orixás) e Iansã (a deusa da guerra e das tempestades).as imagens estão localizadas no formato de uma roda, na posição em que os filhos de santo incorporados pelo orixá costumam dançar nos terreiros de Candomblé.o projeto causou muitas reações, mas a mais radical foi o ataque da Igreja Universal, que definiu os monumentos como o “Diabo”.

Criado para embelezar, abrilhantar e modernizar o local, situado no centro da cidade, o Dique do Tororó é um local de muita movimentação, localizado entre os bairros da Estação Central da Lapa e o estádio de Futebol da Fonte Nova, ligando o centro histórico com os bairros mais pobres de Salvador.

Na opinião dos praticantes do Candomblé, o local é uma das moradas de Oxum, orixá da água doce, lagos e fontes. N mês de dezembro diversas mães de Santo colocam no lago presentes e objetos em homenagem ao Orixá. Nas terças feiras adeptos do candomblé vão ao local fazer pedidos aos orixás.

Com crenças, superstições, mitos e devoções, a verdade é que o Dique do Tororó ficou muito mais bonito e atrativo depois dos monumentos e se tornou um dos mais lindos cartões postais da cidade de Salvador onde vale a pena apreciar os Orixás.







terça-feira, 25 de novembro de 2008

MONUMENTO AO DOIS DE JULHO

O Belíssimo monumento ao Dois de Julho,fica localizado, a avenida 7 de setembro, no largo Campo Grande, da cidade de Salvador na Bahia. Foi inaugurado na data ao qual se originou o nome (02 de Julho) do ano de 1895, em homenagem a entrada do exército pacificador em Salvador,em 2 de julho de 1823,onde foi decretada a independência da Bahia, que ainda se mantinha sob o domínio dos portugueses, mesmo após as declaração de independência do Brasil.

Para escolher a localização do monumento ao Dois de Julho,que homenagearia os heróis da independência baiana,no final do século XIX,foi feito uma eleição publica,comandada pelo “Jornal de Notícias",na época o povo escolheu o Campo do Barbalho, com 16.191 votos. Foram 8.251 votos para o Campo dos Mártires e 7.846 para a Praça Duque de Caxias (atual Campo Grande). Porem mesmo perdendo a eleição popular, a "Comissão do Monumento ao Dois de Julho" decidiu que a Praça Duque de Caxias era o melhor local para abrigar o monumento.

Em sua inauguração Alexandre Freire Maia Bittencourt, engenheiro responsável pela obra, publicou e distribuiu um folheto descritivo, que relatavam aos visitantes todos os detalhes e significados dos símbolos utilizados para os seus visitantes.

O monumento é todo feito em Bronze, com placas de mármore de Carrara, medindo 25,86m de altura, tendo símbolos, quadros e alegorias que representam batalhas campais, heróis que trabalharam em prol dessa emancipação, os principais rios baianos, "o São Francisco" e "o Paraguaçu", além da” Cachoeira de Paulo Afonso”. Dentre os símbolos e representações presentes neste monumento de grandioso valor histórico, um dos mais mencionado entre os festejos ao 2 de julho,é o caboclo, um índio, com 4 metros e 11 centímetros de altura, localizado na parte superior da coluna, armado de arco e flecha, simbolizando o Brasil, golpeando uma serpente, que vem a simbolizar o governo da metrópole, naquele período, ao qual procura esmagar debaixo dos pés.

Ao redor do monumento, esta um mosaico formado por variadas cores, em mármore de Carrara, todo fechado por um gradil em ferro fundido, onde estão localizadas as armas da republica e da cidade. Em um segundo passeio, recoberto por mosaicos em mármore preto, cinza e branco, foram montados oito candelabros, com sete metros de altura cada um, em ferro fundido, bem trabalhado e que são acesos todos os dias à noite.

















CLERISTON ANDRADE

Cleriston Andrade era pastor protestante, muito ligado, a politica. Com apoio de Antônio Carlos Magalhães, ganhou o posto de prefeito de Salvador, e tendo conquistado a simpatia do povo foi indicado pelo PDS( partido democrata socialista) com o apoio de Antônio Carlos Magalhães, para o cargo de governador do estado.

Durante a campanha eleitoral para governador da Bahia em 1982, em circuito de helicóptero, numa manhã chuvosa, e de pouca visibilidade, bateu, em um morro em Itapetinga, interior da Bahia, tendo morrido toda comitiva, o filho de Magalhães, Luiz Eduardo, deveria estar junto com a comitiva, mais escapou da morte, porque cansado do comício da noite anterior, que se prolongou até de madrugada, cedeu seu lugar ao jornalista Joel Presidio. Os correligionários políticos da época, resolveram prestar uma homenagem, a Cleriston, construindo um monumento numa praça de Salvador, na confluência das ruas Adhemar de Barros e Garibaldi.

O monumento foi idealizado pelo famoso escultor Mario Cravo Junior, escultor, gravador, desenhista e professor, nasceu em 13 de abril de 1923 em Salvador- Bahia.
















1 – Identificação

Especie: Memorial

Título: Memorial a Cleriston Andrade

Autor: Mario Cravo Junior

Ano : 1983

Origem: Bahia-Brasil

Propriedade: prefeitura municipal de Salvador










MUSEU AFRO BRASILEIRO

O Museu Afro-Brasileiro nasceu do Programa de Cooperação cultural entre o Brasil e países da África e para o desenvolvimento dos estudos voltados para a temática afro-brasileira, através de convênio firmado entre os Ministérios das Relações Exteriores e da Educação e Cultura, O Governo da Bahia, a Prefeitura da Cidade do Salvador e a Universidade Federal da Bahia. Sua inauguração ocorreu em 7 de janeiro de 1982.
O Museu foi instalado no histórico prédio da primeira Escola de Medicina do Brasil, de propriedade da Universidade Federal da Bahia, no Terreiro de Jesus. Em 1997, o Museu Afro-Brasileiro passou por um amplo processo de reestruturação atualizando a sua museografia e abordagem conceitual. O Centro de Estudos Afro-Orientais, órgão suplementar da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA, é o organismo responsável pelas atividades do Museu Afro-Brasileiro.
Seu acervo é composto de peças da cultura material de origem ou inspiração africana, representativas da vida cotidiana, dos processos tecnológicos, do sistema de crenças, das manifestações artísticas e da tradição oral na África tradicional.São esculturas, máscaras, tecidos, cerâmicas, adornos, instrumentos musicais, jogos e tapeçarias, provenientes do continente africano, adquiridos na década de 70, pelo Ministério das Relações Exteriores, ou através de doações das diversas embaixadas dos países da África.
Há, por outro lado, objetos de origem brasileira, relacionados à religião afro-brasileira na Bahia, suas divindades e sacerdotes. São os atributos iconográficos e os adornos dos principais orixás e roupas de mães e pais-de santo de alguns terreiros de Salvador. Merece destaque especial o conjunto de talhas em cedro, do artista plástico Carybé, com dimensões monumentais (2 e 3 metros de altura) retratando 27 orixás e que constitui uma das mais importantes obras da arte contemporânea brasileira.
Dentre poucos no país a tratarem exclusivamente da cultura africana e sua influência na formação da cultura brasileira, o Museu Afro-Brasileiro tem sido pioneiro desde a sua abertura ao público, como um espaço de referência para ações de afirmação identitária, sendo permanentemente visitado por turistas nacionais e estrangeiros, estudantes, pesquisadores e indivíduos relacionados à religião afro-brasileira.




FORTALEZA DE NOSSA SENHORA DO MONTE CARMELO OU FORTE DO BARBALHO

Essa fortaleza situa-se no ponto mais elevado do Vale do Queimado, até onde se estendia um dos braços do dique represado pelos holandeses. Foi construído em terreno doado pelos frades do Carmo, de onde veio o seu primeiro batismo - Fortaleza de Nossa Senhora do Monte Carmelo (ou do Carmo). Em 1630, Luíz Barbalho Bezerra, militar pernambucano que naquele ano lutara em defesa da cidade, instala trincheiras no platô que viria a ser ocupado pelo baluarte, temendo que os holandeses de Maurício de Nassau superasse a primeira linha de defesa existente em Santo Antônio. Também aderiu a Sabinada em 1837, pelos integrantes da Comissão Rohan.

Nele tremulou a primeira bandeira brasileira dentro de Salvador, com a entrada vitoriosa do exército libertador.Alí ficaram presos muitos dos escravos Malês participantes do movimento de 1835. Seu prisioneiro mais célebre foi o professor Estanislau da Silva Lisboa condenado pelo crime "da bala de ouro", que matou Júlia Fetal. Ao longo desses mais de três séculos e meio de existência, o forte do Barbalho desempenhou vários papéis na história da Bahia. Foi usado como praça de guerra tendo suas tropas participado ativamente em todos os movimentos armados ocorridos.
Também foi um hospital para coléricos em 1855, para morféticos entre os anos 1863 e 1878 e para vítima de varíola entre 1885 1892. Foi tombado pelo IPHAM em janeiro de 1957. Como quartel abrigou tropas do exército e no período revolucionário de 1964 voltou a servir de prisão para personalidades relevantes da vida política e cultural da Bahia. A partir de 18 de maio de 1982, foi entregue á Polícia Militar passando a ser ocupado pelo 7º Batalhão da Polícia Militar. O arquiteto Fernando L. Fonseca descreve o forte como uma representação viva da monumentalidade militar do período colonial desenvolvido na Bahia.
Atualmente paredes cobertas de mato e limo, sujeira no jardim. Três pavilhões desativados e apenas um setor reformado, onde funciona atualmente um escritório da Secretaria de Cultura. No pátio interno, duas quadras esportivas deterioradas A área externa do forte é utilizada como terminal de fim de linha de uma empresa de ônibus da cidade. Mas o aspecto fúnebre do forte do Barbalho pode estar com os dias contados.A administração do imóvel foi cedida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para o Governo do Estado que, por meio da Secretaria de Cultura, pretende transformar o local em um memorial da cultura afro-brasileira. A previsão é que o projeto tenha inicio no primeiro trimestre de 2008,reforma prevê memorial da cultura negra.



Identificação: Forte

Titulo:FORTALEZA DE NOSSA SENHORA DO MONTE CARMELO OU FORTE DO BARBALHO

Autor:Luíz Barbalho Bezerra

Época:Em 1630, foi concluído em 1736 e apesar de já ter sofrido várias reformas, plantas antigas da Cidade do Salvador


Localização: Rua Aristides Àtico, Barbalho

Dados Técnicos: Tem o formato de um quadrilátero irregular com quatro baluarte nos ângulos chegando a dispor de 22 canhões, fosso e ponte levadiça. Diferentemente das demais fortalezas de Salvador, o Forte do Barbalho possuí três dos seus baluartes em forma de lança e o quarto circular. Suas muralhas medem 520 metros, onde se abrem 40 troneiras.